quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Fazer o que?




Ontem sonhei que a dor não existia;
que o fim pra agonia havia, então, chegado...
Sim, eu sonhei, que a Grei não mais fingia.
Não dava a primazia pra peste do pecado.

Sonhar é ruim por isso: a gente fantasia,
mas finda a alegria quando está acordado.

Ronaldo Rhusso


 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Where am i?


Andar descalço, agora, é lugar comum!
Olhar pro céu é-me difícil, pois as torrentes me alagam os instrumentos de enxergar...
Eu fecho as portas que ardem devido ao sal que o corpo produz e tento ver com a mente!
Aguardo o Príncipe; anseio a hora...
Por que demoras, Santo?
É tão estranho descer assim psicologicamente!
Não queria me ver assim tão para baixo, mas percebo que minha reverência ao Eterno parece surtir mais efeito e faço de mim, pó, escabelo para os pés grandiosos Daquele que me olha e parece me dizer que inda não é a hora!
O reflexo que o espelho me oferece é de um estranho que mais parece um urso panda de tantas olheiras!
A "dona ruim", ainda aqui, sorri faceira, pois reconhece que minhas forças são-lhe domínio.
Cadê o céu?
Cadê meu eu?
Uma pedrinha me foi posta garganta a dentro e já sinto a paz metálica...


Ronaldo Rhusso




 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Falta amor...



Eu vejo tudo e anseio a morte da maldade
que existe em mim, ó D'us, e em meu irmão, perdoa!
Tudo é tão claro, ó Pai, e muito me atordoa,
embora eu ame o bem que é a liberdade...

Por que nos damos, Pai, com força à brevidade,
quando podemos mais, embora muito doa
buscar o bem que no futuro galardoa
e nos transporta, enfim, pro alvo: a Eternidade?

Suplico ajuda a mim e a cada filho teu
que luta contra o eu e contra as tentações,
mas, eis, pratica o mal na mente e nas ações.

Eu sei: quem não amou em si mesmo bateu!
Oh! cada vez aumenta o que se diz ateu
e só porque ainda é noite em corações...

Ronaldo Rhusso



 

sábado, 3 de novembro de 2012

APOSTASIA...




Fico aqui relembrando a minha amada
e os meus olhos marejam de alegria!
Vou tentando conter a euforia
de olhar para Ela transformada!

Como dói vê-la, assim, desanimada!
Suas cores tão distantes dO que cria...
Fosse eu nada disso entenderia!
Como pode estar tanto deformada?

Quereria não vê-la  nessa cena,
envolvida em sorver esgoto imundo:
o restolho e as sobras do vil mundo...

Que jamais respondesse ao Mal que acena
a você que nem vê que ele encena
com o fim de afundá-la em vil submundo...

RONALDO RHUSSO