Conquanto o pranto teime em resguardar
o grito no meu peito que despede
a cada verso pobre que antecede
o encontro com o breu a me esperar...
Conquanto o canto não possa soar
não fico a lamentar como quem mede
o resto de existência que precede
o adeus que não pretendo mesmo dar...
Vivi, amei, sofri, me dei fiz tudo
o que meu coração patrocinou
e enquanto der prometo que me dou.
O medo nem usei como um escudo
porque pra ele sempre fui um mudo...
Coragem, grito, nunca me faltou!
Ronaldo Rhusso
2 comentários:
Nem ouso comparar a Augusto dos Anjos pois, enquanto aquele era tenso e carregado, o Poeta, de forma muito mais amena, entoa um lamento que nem é lamento...
Discorrer sobre um tema tão denso, de forma tão suave...
Meus aplausos meu amigo.
Você sabe de verdade o quanto eu gostei!
Boa tarde Ronaldo.
Tuas letras são impecáveis, que versos estes!!!
Saio completamente estasiada, muita poesia, endosso cada uma das palavras do André, parabéns!
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