quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Quase lá...



Conquanto o pranto teime em resguardar
o grito no meu peito que despede
a cada verso pobre que antecede
o encontro com o breu a me esperar...

Conquanto o canto não possa soar
não fico a lamentar como quem mede
o resto de existência que precede
o adeus que não pretendo mesmo dar...

Vivi, amei, sofri, me dei fiz tudo
o que meu coração patrocinou
e enquanto der prometo que me dou.

O medo nem usei como um escudo
porque pra ele sempre fui um mudo...
Coragem, grito, nunca me faltou!

Ronaldo Rhusso

2 comentários:

Anônimo disse...

Nem ouso comparar a Augusto dos Anjos pois, enquanto aquele era tenso e carregado, o Poeta, de forma muito mais amena, entoa um lamento que nem é lamento...

Discorrer sobre um tema tão denso, de forma tão suave...

Meus aplausos meu amigo.
Você sabe de verdade o quanto eu gostei!

Lucy Mara Mansanaris disse...

Boa tarde Ronaldo.

Tuas letras são impecáveis, que versos estes!!!

Saio completamente estasiada, muita poesia, endosso cada uma das palavras do André, parabéns!