Divagamorfinações
Meu poema: minha cara;
Minha tara: pelos versos;
Meu trabalho: a Missão;
A paixão: eu jogo fora;
E agora? Outro sonho!
Onde moro? Shangrilá!
Meu veneno: minha dor.
Uma musa? Todas mortas!
Cara feia? Muita fome.
Sou doente? Sim morrendo.
O meu medo: morrer triste.
O meu pássaro: azul.
Quando choro? Quando oro.
Meu sorriso: um enigma;
Os meus versos: pra vocês.
Ronaldo Rhusso
('Estamos de olhos nos bons para perdermos de vistas os maus'. Ronaldo Rhusso).
quinta-feira, 16 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
INCLUSÃO SOCIAL?
Recentemente li um artigo acerca de “inclusão social”. A autora dizia que a teoria era muito interessante, mas as pessoas vivem excluindo gente carente de afeto e de outras carências tão comuns no dia a dia.
Li e reli o artigo e cheguei à conclusão de que a autora equivocou-se quando afirmou que essa tal “inclusão afetiva” está inserida no que chamamos de “inclusão social”.
Vejamos:
Incluir pessoas na sociedade, propiciando-lhes oportunidades para desenvolverem-se e terem a oportunidade de galgarem os sonhos ou anelos mais comuns, está intimamente ligado a abrir portas no tocante à Educação de qualidade, Saúde, emprego, lazer...
No entanto, incluir pessoas em nossas vidas significa conceder intimidade e tudo o que acompanha isso.
Como Missionário preciso usar um pouco das técnicas dos psicólogos, dos psiquiatras e de outros profissionais que estudam a mente humana. Também sou proselitista e tenho realmente essa intenção, embora eu seja criticado por isso, mas eu sou isso mesmo, um missionário!
Nessa minha saga acabo dando espaço para que algumas pessoas desfrutem da minha intimidade e isso muitas vezes me causa problemas enormes.
Incluir socialmente nada tem a ver com incluir as pessoas em nossas vidas.
Isso pode ser um perigo terrível e trazer problemas gravíssimos!
A autora mencionou que as pessoas se trancam em si mesmas, se envolvem apenas com aqueles que elas elegem como ideais para o convívio... Ora! E onde está o erro nisso?
Irmãos, pais, família... A gente não escolhe, mas amigos, colegas de trabalho (sim! Colegas de trabalho. Eu jamais trabalharia com pessoas com quem não tenho afinidade e afinidade não é amor, mas características, pensamentos, anseios em comum). Eu escolho até a minha vizinhança! Como Missionário costumo frequentar lugares difíceis de ir ou de permanecer por um tempo longo, mas o conforto é a certeza de que existe a possibilidade de retornar para o meu humilde e aconchegante lar! Estou errado? Amo a minha cama! Posso ficar sem ela, se for necessário, mas se eu puder mantê-la... Ah! Eu a manterei!
Reparem naqueles meninos que ficam nos sinais (semáforos ou faróis)! Quantos daqueles meninos realmente necessitam estar ali? Quantos daqueles têm casa e família, mas preferem estar ali? Outro dia eu vi um programa de televisão chamado “A LIGA”. Os repórteres se infiltraram entre alguns desses meninos e meninas e, de fato, algumas histórias tristes foram descobertas, mas, por mais intrigante que seja, a maioria estava ali porque queria. Uma ONG e uma Fundação governamental insistem diuturnamente com eles para irem para um Abrigo, contudo eles costumam ir, passar algum tempo, comer, beber... Depois fogem, pois, segundo eles, a vida nas ruas, em meio às drogas e sexo é mais interessante! O Rafinha Bastos e outra repórter cujo nome não me recordo acompanharam os golpes que eles, os coitados excluídos, dão nas pessoas e até acharam engraçado como eles são “espertos”!
Leva um desses espertos para casa! Existe uma grande possibilidade de que ele venha a gostar da sua casa, de sua família... Eles só não gostam das famílias deles!
Incluir socialmente é dar a chance de alguém provar que também quer ser feliz!
Mas um envolvimento maior é um risco que pode e deve ser corrido por quem tem força e coragem, mas risco é sempre risco!
Ainda tem o problema do “ser feliz”, pois existe algo mais subjetivo do que felicidade? Eu não me atreveria a definir felicidade de uma forma que generaliza esse estado de espírito (estão lendo? Sem querer já chamei a felicidade de estado de espírito!).
Realmente devemos ser humanos, em verdade e de fato, e lutar para que todos tenham os mesmos direitos, mas a forma como a autora colocou no artigo dela, a mim, pareceu um texto fruto de um momento de depressão e solidão dessas que a gente sente mesmo rodeado de pessoas...
A vida é feita de escolhas e a maioria delas pode trazer consequências negativas e terríveis no futuro! Mesmo uma criança que prefere ficar pedindo dinheiro num sinal, tomando banho de chafariz, usando drogas, haverá de colher os frutos disso mais tarde da mesma forma que também colherão as pessoas que decidem amar quem não as ama e, pior, decidem querer mais bem a essas pessoas do que a si mesmas... Mas tudo acaba!
Até aquela pessoa que você diz amar tanto, mais do que a você mesmo, pode cansar desse seu “amor” e aí você vai ficar sozinho em meio à multidão e talvez aprenderá a grande lição ensinada há milênios:
AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO!
Nem mais, nem menos. COMO A TI MESMO!
Então não invista no seu filho como se ele fosse uma caderneta de poupança ou como se ele fosse a alternativa de realizar na vida dele os desejos que você não realizou na sua.
COMO A TI MESMO E SEM RESTRIÇÕES OU ESPERAR ALGO EM TROCA!
Não vá tirar do sinal quem não quer sair do sinal! É fria!
Feliz Sábado!
Ronaldo Rhusso
Li e reli o artigo e cheguei à conclusão de que a autora equivocou-se quando afirmou que essa tal “inclusão afetiva” está inserida no que chamamos de “inclusão social”.
Vejamos:
Incluir pessoas na sociedade, propiciando-lhes oportunidades para desenvolverem-se e terem a oportunidade de galgarem os sonhos ou anelos mais comuns, está intimamente ligado a abrir portas no tocante à Educação de qualidade, Saúde, emprego, lazer...
No entanto, incluir pessoas em nossas vidas significa conceder intimidade e tudo o que acompanha isso.
Como Missionário preciso usar um pouco das técnicas dos psicólogos, dos psiquiatras e de outros profissionais que estudam a mente humana. Também sou proselitista e tenho realmente essa intenção, embora eu seja criticado por isso, mas eu sou isso mesmo, um missionário!
Nessa minha saga acabo dando espaço para que algumas pessoas desfrutem da minha intimidade e isso muitas vezes me causa problemas enormes.
Incluir socialmente nada tem a ver com incluir as pessoas em nossas vidas.
Isso pode ser um perigo terrível e trazer problemas gravíssimos!
A autora mencionou que as pessoas se trancam em si mesmas, se envolvem apenas com aqueles que elas elegem como ideais para o convívio... Ora! E onde está o erro nisso?
Irmãos, pais, família... A gente não escolhe, mas amigos, colegas de trabalho (sim! Colegas de trabalho. Eu jamais trabalharia com pessoas com quem não tenho afinidade e afinidade não é amor, mas características, pensamentos, anseios em comum). Eu escolho até a minha vizinhança! Como Missionário costumo frequentar lugares difíceis de ir ou de permanecer por um tempo longo, mas o conforto é a certeza de que existe a possibilidade de retornar para o meu humilde e aconchegante lar! Estou errado? Amo a minha cama! Posso ficar sem ela, se for necessário, mas se eu puder mantê-la... Ah! Eu a manterei!
Reparem naqueles meninos que ficam nos sinais (semáforos ou faróis)! Quantos daqueles meninos realmente necessitam estar ali? Quantos daqueles têm casa e família, mas preferem estar ali? Outro dia eu vi um programa de televisão chamado “A LIGA”. Os repórteres se infiltraram entre alguns desses meninos e meninas e, de fato, algumas histórias tristes foram descobertas, mas, por mais intrigante que seja, a maioria estava ali porque queria. Uma ONG e uma Fundação governamental insistem diuturnamente com eles para irem para um Abrigo, contudo eles costumam ir, passar algum tempo, comer, beber... Depois fogem, pois, segundo eles, a vida nas ruas, em meio às drogas e sexo é mais interessante! O Rafinha Bastos e outra repórter cujo nome não me recordo acompanharam os golpes que eles, os coitados excluídos, dão nas pessoas e até acharam engraçado como eles são “espertos”!
Leva um desses espertos para casa! Existe uma grande possibilidade de que ele venha a gostar da sua casa, de sua família... Eles só não gostam das famílias deles!
Incluir socialmente é dar a chance de alguém provar que também quer ser feliz!
Mas um envolvimento maior é um risco que pode e deve ser corrido por quem tem força e coragem, mas risco é sempre risco!
Ainda tem o problema do “ser feliz”, pois existe algo mais subjetivo do que felicidade? Eu não me atreveria a definir felicidade de uma forma que generaliza esse estado de espírito (estão lendo? Sem querer já chamei a felicidade de estado de espírito!).
Realmente devemos ser humanos, em verdade e de fato, e lutar para que todos tenham os mesmos direitos, mas a forma como a autora colocou no artigo dela, a mim, pareceu um texto fruto de um momento de depressão e solidão dessas que a gente sente mesmo rodeado de pessoas...
A vida é feita de escolhas e a maioria delas pode trazer consequências negativas e terríveis no futuro! Mesmo uma criança que prefere ficar pedindo dinheiro num sinal, tomando banho de chafariz, usando drogas, haverá de colher os frutos disso mais tarde da mesma forma que também colherão as pessoas que decidem amar quem não as ama e, pior, decidem querer mais bem a essas pessoas do que a si mesmas... Mas tudo acaba!
Até aquela pessoa que você diz amar tanto, mais do que a você mesmo, pode cansar desse seu “amor” e aí você vai ficar sozinho em meio à multidão e talvez aprenderá a grande lição ensinada há milênios:
AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO!
Nem mais, nem menos. COMO A TI MESMO!
Então não invista no seu filho como se ele fosse uma caderneta de poupança ou como se ele fosse a alternativa de realizar na vida dele os desejos que você não realizou na sua.
COMO A TI MESMO E SEM RESTRIÇÕES OU ESPERAR ALGO EM TROCA!
Não vá tirar do sinal quem não quer sair do sinal! É fria!
Feliz Sábado!
Ronaldo Rhusso
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domingo, 29 de maio de 2011
Bipolar (berra nas esteiras)
Transmuto-me e é preciso o siso que não tenho...
Outrora até que o tinha ou ele tinha a mim?
Enfim duvido e evito. Oh! Rio mesmo assim!
Os pólos se me dão e dou-me ao que detenho.
É Nick ou definir esse franzir de cenho?
Quem sou agora aqui? Quem sou, me diga, enfim.
No fim eu sou o mesmo e a esmo eu ouço um sim.
Quer vir vem pro começo. A rir eu me atenho...
Se é o melhor remédio o tédio é que é tão mal!
Mas viso outro lugar e o mar me faz tão bem!
Quer briga? Então me siga! Eu faço isso tão bem...
Eu juro que sou eu o eu que é, sim, tão mal!
E o eu que chora e tal é louco, é, sim, tão mal!
Sou bi ou tri, não sei. Nem tudo eu sei tão bem...
Ronaldo Rhusso
Bipolar II (o retorno de meu pai)
Eu nem digo que foi uma surpresa
Encontrá-lo de novo envolto em si
E sem dó ou sem sol, sem mais certeza.
Ah! Ninguém me falou; foi eu que vi!
Ah! Pai cego, eu já fiz brotar beleza
Através d’outro verso, em menor mi.
Escapei do desfecho e da aspereza
Atolada no charco além daqui...
Ai! Se a ré esse tempo engatasse
E num fá sustenido alguém te visse
Eu até tocaria outra sandice
Arriscando que não mais se dançasse
Esse enfado amiúde puro enlace
A trazer-me o fantasma: a meninice...
Ronaldo Rhusso
Bipolar III (o critério contra a vaca)
Eis que é fraca e tem derme envelhecida
A que empata e tem pata apreciada
À fervura que não faz pesticida
Aquietar-se e lhe faz carne estragada!
O temor eu nem vejo e eis a torcida
A querer do “melhor” e, se assada,
O carvão dá o toque e elucida
A razão pra doença inesperada.
Imagino essa louca enfermidade
Anunciando que tudo é relativo
Ou que está só na mente e no critério
Abraçado e comido com vontade
Em razão de que tudo é atrativo
E, por fim, secará no cemitério.
Ronaldo Rhusso
Essa foi uma brincadeira com a TRILOGIA STAR WARS do GEORGE LUCAS: GUERRA NAS ESTRELAS, O RETORNO DE JEDI E O IMPÉRIO CONTRA ATACA! Coisa de maluco e que está desocupado. Dois Sonetos Heroicos Decassílabos e um Soneto Alexandrino.
Transmuto-me e é preciso o siso que não tenho...
Outrora até que o tinha ou ele tinha a mim?
Enfim duvido e evito. Oh! Rio mesmo assim!
Os pólos se me dão e dou-me ao que detenho.
É Nick ou definir esse franzir de cenho?
Quem sou agora aqui? Quem sou, me diga, enfim.
No fim eu sou o mesmo e a esmo eu ouço um sim.
Quer vir vem pro começo. A rir eu me atenho...
Se é o melhor remédio o tédio é que é tão mal!
Mas viso outro lugar e o mar me faz tão bem!
Quer briga? Então me siga! Eu faço isso tão bem...
Eu juro que sou eu o eu que é, sim, tão mal!
E o eu que chora e tal é louco, é, sim, tão mal!
Sou bi ou tri, não sei. Nem tudo eu sei tão bem...
Ronaldo Rhusso
Bipolar II (o retorno de meu pai)
Eu nem digo que foi uma surpresa
Encontrá-lo de novo envolto em si
E sem dó ou sem sol, sem mais certeza.
Ah! Ninguém me falou; foi eu que vi!
Ah! Pai cego, eu já fiz brotar beleza
Através d’outro verso, em menor mi.
Escapei do desfecho e da aspereza
Atolada no charco além daqui...
Ai! Se a ré esse tempo engatasse
E num fá sustenido alguém te visse
Eu até tocaria outra sandice
Arriscando que não mais se dançasse
Esse enfado amiúde puro enlace
A trazer-me o fantasma: a meninice...
Ronaldo Rhusso
Bipolar III (o critério contra a vaca)
Eis que é fraca e tem derme envelhecida
A que empata e tem pata apreciada
À fervura que não faz pesticida
Aquietar-se e lhe faz carne estragada!
O temor eu nem vejo e eis a torcida
A querer do “melhor” e, se assada,
O carvão dá o toque e elucida
A razão pra doença inesperada.
Imagino essa louca enfermidade
Anunciando que tudo é relativo
Ou que está só na mente e no critério
Abraçado e comido com vontade
Em razão de que tudo é atrativo
E, por fim, secará no cemitério.
Ronaldo Rhusso
Essa foi uma brincadeira com a TRILOGIA STAR WARS do GEORGE LUCAS: GUERRA NAS ESTRELAS, O RETORNO DE JEDI E O IMPÉRIO CONTRA ATACA! Coisa de maluco e que está desocupado. Dois Sonetos Heroicos Decassílabos e um Soneto Alexandrino.
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Humanos...
Sei somar esforços,
multiplicar a esperança,
diminuir sofrimentos
e dividir meu melhor.
Entendo sofrimentos,
conheço a esperança,
domino o meu melhor
e jamais medi esforços!
O que eu não entendo,
não conheço,
não domino
e jamais relevarei
é a ingratidão...
Ronaldo Rhusso
Sei somar esforços,
multiplicar a esperança,
diminuir sofrimentos
e dividir meu melhor.
Entendo sofrimentos,
conheço a esperança,
domino o meu melhor
e jamais medi esforços!
O que eu não entendo,
não conheço,
não domino
e jamais relevarei
é a ingratidão...
Ronaldo Rhusso
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Então...
Sou nada do que pensas, ó senhora!
Talvez a mornidão que espraia a alma
ou mesmo o sol que cabe numa palma;
talvez a escuridão que vês lá fora...
Sou bipolar de fato e sou agora
o vate dedicado a delir trauma;
um turbilhão que à todos desencalma
e faz ter dez minutos uma hora...
Nem sei porque me amas desse jeito!
A cada fase minha eu destrambelho
e nem é bom tentar me dar conselho.
De fato tem um bem nesse meu peito
e vez em quando acha-se perfeito;
porém nem sei quem sou frente ao espelho...
Ronaldo Rhusso
Sou nada do que pensas, ó senhora!
Talvez a mornidão que espraia a alma
ou mesmo o sol que cabe numa palma;
talvez a escuridão que vês lá fora...
Sou bipolar de fato e sou agora
o vate dedicado a delir trauma;
um turbilhão que à todos desencalma
e faz ter dez minutos uma hora...
Nem sei porque me amas desse jeito!
A cada fase minha eu destrambelho
e nem é bom tentar me dar conselho.
De fato tem um bem nesse meu peito
e vez em quando acha-se perfeito;
porém nem sei quem sou frente ao espelho...
Ronaldo Rhusso
Bipolar III (o critério contra a vaca)
Eis que é fraca e tem derme envelhecida
A que empata e tem pata apreciada
À fervura que não faz pesticida
Aquietar-se e lhe faz carne estragada!
O temor eu nem vejo e eis a torcida
A querer do “melhor” e, se assada,
O carvão dá o toque e elucida
A razão pra doença inesperada.
Imagino essa louca enfermidade
Anunciando que tudo é relativo
Ou que está só na mente e no critério
Abraçado e comido com vontade
Em razão de que tudo é atrativo
E, por fim, secará no cemitério.
Ronaldo Rhusso
Eis que é fraca e tem derme envelhecida
A que empata e tem pata apreciada
À fervura que não faz pesticida
Aquietar-se e lhe faz carne estragada!
O temor eu nem vejo e eis a torcida
A querer do “melhor” e, se assada,
O carvão dá o toque e elucida
A razão pra doença inesperada.
Imagino essa louca enfermidade
Anunciando que tudo é relativo
Ou que está só na mente e no critério
Abraçado e comido com vontade
Em razão de que tudo é atrativo
E, por fim, secará no cemitério.
Ronaldo Rhusso
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sábado, 30 de abril de 2011
Bipolar II (o retorno de meu pai)
Eu nem digo que foi uma surpresa
Encontrá-lo de novo envolto em si
E sem dó ou sem sol, sem mais certeza.
Ah! Ninguém me falou; foi eu que vi!
Ah! Pai cego, eu já fiz brotar beleza
Através d’outro verso, em menor mi.
Escapei do desfecho e da certeza
Atolada no charco além daqui...
A se a ré esse tempo engatasse
E num fá sustenido alguém te visse
Eu até tocaria outra sandice
Arriscando que não mais se dançasse
Esse enfado amiúde puro enlace
A trazer-me o fantasma: a meninice...
Ronaldo Rhusso
Eu nem digo que foi uma surpresa
Encontrá-lo de novo envolto em si
E sem dó ou sem sol, sem mais certeza.
Ah! Ninguém me falou; foi eu que vi!
Ah! Pai cego, eu já fiz brotar beleza
Através d’outro verso, em menor mi.
Escapei do desfecho e da certeza
Atolada no charco além daqui...
A se a ré esse tempo engatasse
E num fá sustenido alguém te visse
Eu até tocaria outra sandice
Arriscando que não mais se dançasse
Esse enfado amiúde puro enlace
A trazer-me o fantasma: a meninice...
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domingo, 17 de abril de 2011
ESPORTES INTERESSANTES - PESCA ESPORTIVA
Estive a olhar um grupo que praticava pesca "esportiva".
Eles são tão gentis!
Colocam uma isca artificial na ponta da linha ou anzol e ficam esperando...
Lá embaixo, no fundo do mar, os peixes grandes e pequenos estão fazendo os seus passeios habituais.
Procuram por comida, que está ficando cada vez mais escassa no mundo dos peixes.
Como não conseguem entender a diferença, veem aquelas iscas reluzentes!
Imagino que um eles pense (será que peixe não pensa, mesmo?):
"- Graças a Deus (ou a Netuno, sei lá!)! vou poder me alimentar"!
Mas os pescadores que estão alí só para "praticar o esporte", fisgam o coitado que só estava com fome; mais nada!
O pobre coitado do peixe não entende o que está acontecendo, pois o que deveria ser seu almoço está lhe rasgando a boca.
A dor (Sim! peixe sente dor!) é terrível!
Ele luta, mas, coitado, acaba ficando sem forças e se entrega.
Aquela dor terrível na boca! O corpo todo dolorido!
Seu sangue se esvaindo...
Colocaram um alicate na boca do bicho para tira-lo da água, pesa-lo...
Já nas mãos do "esportista", ele é fotografado, passado, muitas vezes, de mão em mão... Agora seu corpo parece queimar!
Mas é só por esporte.
Com o mesmo alicate o colocam na água. E o soltam.
Quanto tempo o pobre irá demorar pra tentar se alimentar de novo?
E se ele ficar com depressão e nunca mais querer se alimentar e morrer de fome?
Acabei de lembrar de um anúncio que estava na parte superior da marquise de uma peixaria na Alemanha: "FAÇA UMA VACA SORRIR! COMA MAIS PEIXE."
E a pesca esportiva continua. Tem até mais de um programa na televisão.
Quem é o bicho, mesmo?
Publicado em: 27/05/2007 05:33:44
RONALDO RHUSSO
Eles são tão gentis!
Colocam uma isca artificial na ponta da linha ou anzol e ficam esperando...
Lá embaixo, no fundo do mar, os peixes grandes e pequenos estão fazendo os seus passeios habituais.
Procuram por comida, que está ficando cada vez mais escassa no mundo dos peixes.
Como não conseguem entender a diferença, veem aquelas iscas reluzentes!
Imagino que um eles pense (será que peixe não pensa, mesmo?):
"- Graças a Deus (ou a Netuno, sei lá!)! vou poder me alimentar"!
Mas os pescadores que estão alí só para "praticar o esporte", fisgam o coitado que só estava com fome; mais nada!
O pobre coitado do peixe não entende o que está acontecendo, pois o que deveria ser seu almoço está lhe rasgando a boca.
A dor (Sim! peixe sente dor!) é terrível!
Ele luta, mas, coitado, acaba ficando sem forças e se entrega.
Aquela dor terrível na boca! O corpo todo dolorido!
Seu sangue se esvaindo...
Colocaram um alicate na boca do bicho para tira-lo da água, pesa-lo...
Já nas mãos do "esportista", ele é fotografado, passado, muitas vezes, de mão em mão... Agora seu corpo parece queimar!
Mas é só por esporte.
Com o mesmo alicate o colocam na água. E o soltam.
Quanto tempo o pobre irá demorar pra tentar se alimentar de novo?
E se ele ficar com depressão e nunca mais querer se alimentar e morrer de fome?
Acabei de lembrar de um anúncio que estava na parte superior da marquise de uma peixaria na Alemanha: "FAÇA UMA VACA SORRIR! COMA MAIS PEIXE."
E a pesca esportiva continua. Tem até mais de um programa na televisão.
Quem é o bicho, mesmo?
Publicado em: 27/05/2007 05:33:44
RONALDO RHUSSO
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domingo, 3 de abril de 2011
Que pena...
Destoo das hordas descrentes
E entoo um canto pro céu.
Ali haverá o discurso
Que soa qual dor para uns
E para outros só dissona?
Alterco sem nódoa no sangue,
Mas penso no turno perdido
Porque se sou cego também
Eis explicação pro distúrbio.
Eu vejo uma raça apenas!
Se a tez é escura e aí?
Sou pálido e fico vermelho,
Mas há o amarelo, ora, pois!
Aquele nasceu noutro corpo?
Então curta a vida que é curta
Porque corpo errado é praga
E eu nunca irei compreender,
Pois que eu não calcei o sapato...
Pra moda eu dou é banana!
Pro humano eu olho agitado
E não vou deixar de elevar
A prece por cada irmão
Que não reconhece o do lado
Como um seu igual no Universo...
Ronaldo Rhusso
Destoo das hordas descrentes
E entoo um canto pro céu.
Ali haverá o discurso
Que soa qual dor para uns
E para outros só dissona?
Alterco sem nódoa no sangue,
Mas penso no turno perdido
Porque se sou cego também
Eis explicação pro distúrbio.
Eu vejo uma raça apenas!
Se a tez é escura e aí?
Sou pálido e fico vermelho,
Mas há o amarelo, ora, pois!
Aquele nasceu noutro corpo?
Então curta a vida que é curta
Porque corpo errado é praga
E eu nunca irei compreender,
Pois que eu não calcei o sapato...
Pra moda eu dou é banana!
Pro humano eu olho agitado
E não vou deixar de elevar
A prece por cada irmão
Que não reconhece o do lado
Como um seu igual no Universo...
Ronaldo Rhusso
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sábado, 26 de fevereiro de 2011
Quando o amor me quiser...
Quando o amor acontece
acontece de eu ir
em outra direção,
em outra sintonia.
Quando o amor esvaenece
esvaenece o luar,
esvaenece o poder
que me tem por casulo.
Quando o amor é real
eu me rendo, qual ser
anjo, raio letal
para alguns corações.
Quando o amor me quiser
já terei despertado
para outro Universo,
para o meu vero lar.
Quando o amor me quiser...
Ronaldo Rhusso
acontece de eu ir
em outra direção,
em outra sintonia.
Quando o amor esvaenece
esvaenece o luar,
esvaenece o poder
que me tem por casulo.
Quando o amor é real
eu me rendo, qual ser
anjo, raio letal
para alguns corações.
Quando o amor me quiser
já terei despertado
para outro Universo,
para o meu vero lar.
Quando o amor me quiser...
Ronaldo Rhusso
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