('Estamos de olhos nos bons para perdermos de vistas os maus'. Ronaldo Rhusso).
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Sem sacanagem...
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Ronaldo Rhusso
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Cinzas frias...
Não deu mais tempo e tive que sair...
Não era a hora e agora eu sei. Está certo!
O teu oásis árido eu renego;
a minha sede, sim, devora o átimo
do teu vulcão que, fátuo, morre assim...
São dois caminhos, dois sinais do tempo!
São dois destinos e eu pra escolher...
Um ressuscita e o outro sai de perto!
Um se contenta e o outro quer fruir...
Um não percebe e o outro, eu sei, é cego;
se deixa ir, não quer morrer em paz...
São dois caminhos, dois pontos difíceis!
São dois dilemas... Tenho que escolher...
Brinquei com fogo e o jogo está parado...
Talvez teu lado tenha outra versão!
Vai ver teu fogo esteja adormecido
ou escondido e eu nem quero achar
Sou Prometeu ególatra, ruim...
Dois Universos cheios de armadilhas
não vão ficar privados de querer.
Dois exultantes lados, nada errados...
Só enfadados, querem eclodir...
São mesmo dois caminhos
e sei qual vou seguir..
São dois caminhos, mas não vai dar tempo...
Foi meu pensar na hora em que saí...
Ronaldo Rhusso
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Ronaldo Rhusso
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Remoendo aqui...
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terça-feira, 1 de setembro de 2015
Manu ou Mané?
Manu, Mané não vale o seu sorriso.
Esse Mané, Manu recebe “arrego”
pra do Brasil poder tirar sossego.
É só um sem vergonha vil, sem siso...
Manu esse Mané eu já diviso
colhendo os frutos podres de um pelego1
que baba os bagos, botas e até o rego
dos norte americanos... É impreciso...
Manu, menina Deus sempre lhe guarde
da fúria de imbecis filhos da mídia
que enche a mente deles de desídia...
Manu não ligue para esse alarde!
Veremos a justiça cedo ou tarde
humana ou divina. Linda, aguarde!
Ronaldo Rhusso
O termo pelego foi
popularizado durante a era Vargas, nos anos 1930. Imitando a Carta Del Lavoro,
do fascista italiano Mussolini, Getúlio decretou a Lei de Sindicalização em
1931, submetendo os estatutos dos sindicatos ao Ministério do Trabalho. Pelego era o líder sindical de
confiança do governo que garantia o atrelamento da entidade ao Estado. Décadas
depois, o termo voltou à tona com a ditadura militar. "Pelego" passou a ser o
dirigente sindical indicado pelos militares, sendo o representante máximo do
chamado "sindicalismo marrom". A palavra que antigamente designava a
pele ou o pano que amaciava o contato entre o cavaleiro e a sela virou sinônimo
de traidor dos trabalhadores e aliado do governo e dos patrões.
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SONETOS DECASSÍLABOS
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Um 16 de agosto numa parte do Universo...
Enquanto vocifera o jovem louco
e lançam impropérios “patriotas”
vestidos com camisas sujas rotas
que simbolizam lixo e mais um pouco...
...enquanto ao longe ouve-se o espouco
da soma dos ruídos de idiotas
que vão às ruas com as suas cotas
onde o saber da História é nulo, é mouco...
...a dama de vermelho impassível
desloca-se com dó desses zumbis
que babam, gritam, pulam, são febris.
Sim. Eis um paradoxo assaz terrível!
Mas ela é vacinada e mostra um nível
capaz de colorir um quadro gris...
Ronaldo Rhusso
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domingo, 30 de agosto de 2015
Não passarão....
Acunha que ele cai. Nós somos fortes!
Não somos cegos, somos antenados!
O mal preside o rol dos Deputados.
Esses ladrões provocam muitas mortes...
Querem matar os que nos dão aportes
para um país melhor, são despeitados
agindo como agem desgraçados
acharcando o direito, impondo cortes!
Não somos índios! Levem seus apitos,
pois só queremos ver nosso país
crescendo sem limite e mais feliz!
Não vão intimidar com esses gritos.
Nós somos bem reais, não somos mitos
e em dois mil e dezoito vai ter bis!
Ronaldo Rhusso
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Dá nada, não...
A horda desencalma essa nação
Que vem sendo estuprada noite e dia
Desde quando Cabral aqui vivia
Tirando do braseiro o seu tição...
Qualquer que não se envolva numa ação
Com força mesmo sendo já tardia
Verá no amanhã que não havia
Escolha diferente, outra opção...
Eu quero ver os “nobres” deputados
Caindo de seus galhos confortáveis;
Macacos que nos roubam, miseráveis!
Tem cura para seres transviados?
Então terá, também, para os safados!
Mas vejo essas curas improváveis...
Ronaldo Rhusso
Que vem sendo estuprada noite e dia
Desde quando Cabral aqui vivia
Tirando do braseiro o seu tição...
Qualquer que não se envolva numa ação
Com força mesmo sendo já tardia
Verá no amanhã que não havia
Escolha diferente, outra opção...
Eu quero ver os “nobres” deputados
Caindo de seus galhos confortáveis;
Macacos que nos roubam, miseráveis!
Tem cura para seres transviados?
Então terá, também, para os safados!
Mas vejo essas curas improváveis...
Ronaldo Rhusso
sábado, 29 de agosto de 2015
A ti heroína!
Amo pessoas que têm atitude!
Não os covardes que não fazem nada.
Amo essas almas que dão de lavada
e que se arriscam de vez amiúde!
Essa Manu cujo nome alude
a quem se envolve e empunha a espada
contra essa prole que, desajustada,
nunca faz nada e quer que tudo mude.
Bando de hipócritas! Vão estudar!
Passavam fome e perrengue real...
Cospem no prato que comem... Normal!
Eu já me pus a mais nada esperar
de quem jamais quererá cooperar
e é “revoltado on line” e boçal.
Ronaldo Rhusso
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Soneto
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Mexendo Com Divórcio...
Mauro tinha
uma vida muito interessante! Havia progredido na carreira e ainda estava em
franca ascensão... Marisa, sua esposa e mãe dos dois filhos, havia estado ao
lado dele nos momentos mais complicados e fizera todos os sacrifícios
possíveis. Mas Mauro ficava olhando para as “esposas” dos outros empresários
nas reuniões sociais e de negócios e passou a nutrir a vontade de desfilar com
uma garota daquelas. Não faria mal algum uma garota dessas pelo menos quinze
anos mais jovem que ele, pensava...
O problema era
o preço. Sairia caro uma separação e, provavelmente mais caro ainda, bancar os
caprichos de uma bela e jovem amante!
Porém um
vencedor não vai se acovardar com um desafio tão excitante!
Já sabia o que
fazer: daria atenção a uma daquelas meninas do escritório; de preferência
àquela loirinha de seios fartos e olhar pidão. Experimentaria a sensação de um
caso que não precisava ser amoroso e, se fosse tão bom quanto afirmavam, pagaria o preço do divórcio. A Marisa iria entender!
Ficaria magoada por um tempo, mas depois perdoaria... Por outro lado dividir o
patrimônio com quem o ajudou a ganhar não seria problema, pois havia os filhos
que no final herdariam tudo mesmo...
Entra em cena
a Maria Eduarda! Vinte e três anos de idade, escolaridade baixa, mas uma
recepcionista que era tão solícita que quem buscava informação com ela até
esquecia o que tinha ido fazer ali na M&M Empreendimentos!
Mauro escolheu
bem!
Em uma semana
de relacionamento pediu o divórcio!
Marisa quase
teve um troço! Implorava que o marido dissesse o que ela estava fazendo de
errado, no que ele queria que ela mudasse... Era uma sensação de derrota, de
culpa, de arrependimento... Veio o momento do ódio, da vontade de matar! Com
certeza havia uma vagabunda por trás de uma tragédia dessas! Estava decidido,
mataria a vagabunda!
O advogado,
amigo da família de Marisa havia arrancado mais da metade do que ambos tinham
juntos e Mauro aceitou numa boa!
Mauro estava
vivendo momentos radiantes!
Onde aquela
doçura aprendera todas aquelas habilidades na cama?
E tinha um bom
paladar para vinhos!
Não era das
que ficam repetindo roupas como uma flagelada! Não. E conhecia a procedência do
melhor de Nova York e de Milão!
O bom, pensava
Mauro, é que ela já estava com muita coisa acumulada e precisavam terminar a
obra do apartamento novo a fim de poder
organizar melhor todas aquelas coisas que compravam numa espécie de gozo para
ela e de alegria para ele, já que cada ida às compras propiciava momentos
tórridos de prazer e de uma loucura boa de sentir...
E, melhor,
Maria Eduarda o impulsionava a impressionar! Marcava sessões de massagem,
drenagem linfática, spa com direito a um bom trato nos cabelos já
embranquecidos e cansados, manicure, podólogo... Exigia que Mauro usasse ternos
e relógios caros! Aproveitava para comprar um colarzinho e alguma pulseira que
combinassem com os bons e novos relógios de Mauro! Afinal os dois deveriam
combinar em tudo!
Marisa estava
se recuperando e já não tinha mais vontade de matar. Queria apenas ver Mauro
mais ferrado do que era quando se casaram! De acordo com os filhos, pelo jeito
que as coisas estavam fluindo, ela nem precisaria se esforçar muito!
Contrariando o Contador e amigo, Mauro vinha vendendo parte do que lhe restara
da empresa e Marisa comprava tudo.
Menos de 8 meses
depois e Mauro passou da fase de felicidade extrema para a fase da preocupação!
Quem ligava tanto para Maria Eduarda e por que ela insistia que eram assuntos
de mulher e que não valia a pena enchê-lo de problemas tolos?
Mas isso era o
de menor importância! Mauro se esforçava para cuidar da saúde, tomava uns
comprimidinhos que lhe permitiam acompanhar um pouco do ímpeto sexual de Maria
Eduarda, mas ultimamente ela não parecia satisfeita... Parecia ter perdido a
criatividade. Já não fazia questão de acompanha-lo nas reuniões sociais e
mostrava-se insatisfeita com o limite imposto em seu cartão de crédito pessoal.
Mauro não queria incomoda-la com a notícia recente de que estava falido e era
mero funcionário da empresa que construíra juntamente com Marisa!
Mas Mauro já
tinha tudo sob controle! Percebera que Marisa, que agora fazia questão de
participar das reuniões com os Diretores da empresa, olhava para Mauro com
aquele brilho antigo e que lhe dava a certeza de que ela ainda o amava e não
lhe negaria um socorro. E Mauro até estava disposto a dar uma boa compensação
amorosa caso Marisa se mostrasse disposta...
No entanto não
parecera tão difícil como o imaginado por Mauro. Marisa aceitara ir com ele ao
hotel de Angra onde ambos haviam passado momentos maravilhosos! Naquela tarde
Mauro ficou encantado com a ex esposa! Ela não exigia nada! Sabia onde tocar em
Mauro e respeitava sorridente os seus limites!
Na viagem de
volta para o Rio Mauro aproveitou a expressão de felicidade na face de Marisa e
abriu o coração. Falou das dificuldades financeiras e da grande quantidade de
dívidas; falou que estava se sentindo sozinho, sem alguém para conversar e que
se envergonhava em fazê-lo, mas naquele momento precisava de uma grande ajuda
financeira de Marisa!
Ela não
demonstrou surpresa, não demonstrou qualquer mudança de humor e lhe perguntou
quanto ele queria no novo apartamento.
Mauro não
esperava por esse interesse de Marisa no único imóvel que lhe restava, mas
concluiu que Marisa ainda o amava, iria lhe ajudar, mas, diferentemente de
Maria Eduarda, não queria mexer com seus brios. Preferia que fosse uma ajuda
mascarada pela compra de seu apartamento e permitiria que ele continuasse a
viver lá, afinal Marisa parece ter dado mais sorte do que ele porque mais que
triplicara os bens, enquanto ele se distraíra e perdera tudo.
Era uma boa
saída! Vendeu o apartamento para Marisa que nem pechinchou e agora poderia usar
sua experiência para um recomeço. Com todo o know how acumulado atingiria o
sucesso muito mais rápido que antes!
Chegou em casa
feliz e ao entrar no quarto viu sua jóia, a Maria Eduarda chorando e todas as
gavetas espalhadas pelos cantos do quarto! Chegou a pensar que foram
assaltados!
Ela com aquela
voz maravilhosa repetia: “ – Não é você! Sou eu”!
“- Eu vou
embora da sua vida porque você não é mais feliz e apenas tenta me agradar! Eu
não mereço um homem tão bom quanto você! É uma questão de honra não mais
fazê-lo infeliz! Vou embora! Já levei quase tudo para o antigo apartamento onde
eu morava! Não precisa me dar mais nada”!
Mauro estava
desesperado! Chorava feito uma criança surrada!
Implorou de
todas as formas e não vendo outra saída propôs irem passar uns dias em Milão, a
cidade dos sonhos de Maria Eduarda e, só depois, falariam em separação se ela
ainda quisesse!
Maria Eduarda
abraçou bruscamente o pescoço de Mauro e gritou: “- Jura, meu amor”?
No dia
seguinte Mauro mandou buscar as coisas que ela já tinha levado e foram juntos
pesquisar o melhor roteiro para essa viagem que incluiria Paris e Roma. Era uma
pequena e justa exigência de Maria Eduarda!
Um mês de
viagem e o dinheiro da venda do
apartamento escorreu pelo ralo da compulsão em comprar futilidades...
Maria Eduarda
não tocara mais no assunto separação e Mauro apelaria novamente para a
generosidade, fruto do grande amor de Marisa.
Ao chegar à
empresa descobriu que seu cartão de acesso ao elevador privativo não estava
funcionando e nem lembrava como acessar seu espaçoso escritório através dos
elevadores comuns.
O
cartão também não dava acesso à sua sala particular e a nenhum dos ambientes
que lhe eram exclusivos.
Foi avisado de
que Marisa chegaria em algumas horas e queria falar com ele.
Horas de
espera observando o ritmo de trabalho no andar em que ele comandou por tantos
anos, estava impressionado por não lembrar ter visto um movimento frenético
assim antes...
Mais tarde
frente a frente com Marisa, Mauro a examinava e ela parecia ter rejuvenescido!
Não tinha mais aquelas marcas de falta de sono. Parecia ser uma mulher madura
sem marca alguma de agrura!
Marisa foi
direta:
“ – O que mais
me impressionou em você foi a coragem de se aventurar dessa forma, como se
fosse um menino inexperiente! Tenho certeza de que valeu a pena, Mauro! Eu
mesma tenho recebido os afetos do meu “personal trainner”! Não preciso pagar
mais que o bom salário dele! Tenho mesmo que lhe agradecer por ter me dado esse
presente! Já redigi, de próprio punho uma Carta de Recomendação para que você a
apresente em alguma empresa que possa reconhecer o seu talento! Eu já vi do que
você é capaz e não vou arriscar meu patrimônio. Para mim as outras empresas são
concorrentes, de maneira que vai ser ótimo tê-lo em uma delas”.
“ – Mas você
não pode estar falando sério! E todo o suor que derramei para criar essa
empresa”?
“ – Espero que
tenha secado no frio da Europa nesse seu longo passeio! Os dois helicópteros da
empresa já são meus e se você quiser vender seu carro eu pago bem. Estou
pensando em dar de presente... Agora preciso ir, pois tenho horário com meu “personal”.
Você tem um mês para desocupar o apartamento e não se preocupe com sua “joia preciosa”
porque, de acordo com informações fidedignas, ela já tem outro trouxa para
arrancar o couro. Mais uma vez lhe agradeço por me ensinar a ser feliz depois
de tanto tempo”!
Tem que amar a estupidez
pra deixar sua metade
e gozar de uma beldade
que lhe arrancará a tez
e a saúde de uma vez!
Capim novo custa caro
e para manter, não raro,
é preciso ter um sócio
que aquecerá o negócio
e será um bom “amparo”
quando precisar do ócio
na alcova, pois divórcio
não passa de um anteparo
quando o cabra é velho e avaro
e se engraça com uma rês
que lhe abestalha de vez
e lhe tira a sanidade.
Digo sem temer verdade:
Tem que amar a estupidez!
Ronaldo Rhusso
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