segunda-feira, 28 de julho de 2014



Mãe VI...

Inverno, inferno frio sem tu aqui!
Aderno dentro em mim num choro enfático...
Tento sair, mas sou um ser estático
a procurar o grito que perdi...

Acordo e o pesadelo eu não deli!
A dor, essa emperrou no automático!
E eu que de sofrer já estou prático
percebo que, também, mãe, já morri...

As letras quem digita não sou eu!
Um bardo assaz teimoso é quem compõe
enquanto meu eu já se decompõe...

Meus olhos não enxergam, resta o breu
que a cinzas minha alma converteu
deixando esse vazio, agora mãe...

Ronaldo Rhusso

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