('Estamos de olhos nos bons para perdermos de vistas os maus'. Ronaldo Rhusso).
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
MAS ELA NÃO PODE!
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quinta-feira, 28 de julho de 2016
BERNADETE....
A 28 de julho de 1949 nascia a minha mãe. Com ascendência Pataxó, por parte materna, e ascendência judaica, por parte paterna, nasceu nas imediações da extinta Estação Ferroviária da Baleia, área Rural da cidade de Ilhéus, na Bahia. Estudou e formou-se no Convento Senhora da Piedade, migrou, aos 18 anos, para o Rio de Janeiro, após sair de um casamento que não lhe propiciou felicidade e foi morar em Botafogo, onde tentou outra vez e com um russo, também de ascendência judaica, deu a luz a esse poeta que teve o privilégio de, aos nove anos de idade, vê-la mandar vida abastada, mas sofrida, às favas e retornar para Ilhéus, aos vinte e nove anos com três rebentos e cria-los com muita força preparando cada um para a realização de seus sonhos... Lembro quando ela me disse: “- Vai filho! Seja meus olhos no Velho Mundo e não poupe esforços para ver o que a Arte pode oferecer a quem tem olhos para ver”... E fui.
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sábado, 9 de julho de 2016
SAUDADE DEMAIS...
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domingo, 15 de novembro de 2015
Dois anos sem a sua bênção...
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domingo, 10 de maio de 2015
Mãe IX...
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sábado, 15 de novembro de 2014
Mãe VII ... Um ano sem ela...
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segunda-feira, 28 de julho de 2014
Mãe VI...
Inverno, inferno frio sem tu aqui!
Aderno dentro em mim num choro enfático...
Tento sair, mas sou um ser estático
a procurar o grito que perdi...
Acordo e o pesadelo eu não deli!
A dor, essa emperrou no automático!
E eu que de sofrer já estou prático
percebo que, também, mãe, já morri...
As letras quem digita não sou eu!
Um bardo assaz teimoso é quem compõe
enquanto meu eu já se decompõe...
Meus olhos não enxergam, resta o breu
que a cinzas minha alma converteu
deixando esse vazio, agora mãe...
Inverno, inferno frio sem tu aqui!
Aderno dentro em mim num choro enfático...
Tento sair, mas sou um ser estático
a procurar o grito que perdi...
Acordo e o pesadelo eu não deli!
A dor, essa emperrou no automático!
E eu que de sofrer já estou prático
percebo que, também, mãe, já morri...
As letras quem digita não sou eu!
Um bardo assaz teimoso é quem compõe
enquanto meu eu já se decompõe...
Meus olhos não enxergam, resta o breu
que a cinzas minha alma converteu
deixando esse vazio, agora mãe...
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Mãe V...
Hoje tu farias meia cinco!
Jovem para esses novos dias...
Esse céu de cinza emoldurado
não vai mais ficar azul na mente
de quem não vai mais ver o teu riso
nem vai escutar os teus conselhos...
Hoje tu farias meia cinco!
Quase nada para a Eternidade...
Órfão, sinto o medo do castigo
de viver aqui por muito tempo
sem aquela voz que me dizia
como eu era forte e eu nem sabia...
Hoje tu farias meia cinco!
Foste embora logo e a dor ficou...
Hoje descobri grande defeito
dessas criaturas, quase anjos...
Amam, dão-se a nós qual ninguém faz,
mas voltam pro céu cedo demais...
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sábado, 5 de julho de 2014
Mãe IV...
Roubaram-te os sessenta e cinco Invernos e quem sobrou, qual eu, ficou com frio. Tu foste completar o mar qual rio que junta-se a outros rios ternos... Mamãe quis te contar dos hodiernos dilemas que me afligem, mas sombrio é esse eco vindo do vazio que deixou tua ausência: mil infernos! Trancado aqui no cômodo inseguro da minha existência sem guarida de teus conselhos, mãe é dura a lida... Pensaste que eu estava bem seguro nessa idade de homem maduro, mas sinto-me desnudo nessa vida... |
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domingo, 22 de junho de 2014
Mãe III
Quem me dera você estivesse aqui
e o riso que amaina a tempestade
banhasse meu semblante só metade...
Veria eu o céu que não mais vi...
Quem me dera sorver qual não sorvi
os segundos que tive de verdade
com aquela que se foi em brevidade...
Teria eu o olor que estava em si...
Não desce na garganta a sua ausência!
Não vejo graça e o dia é tão sombrio
que a noite é tão igual! É denso o frio...
Você me abençoava e a anuência
do som da sua voz, a providência...
Você dormiu tão cedo e hei-me em vazio...
Ronaldo Rhusso
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sexta-feira, 9 de maio de 2014
MÃE ii
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sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Mãe...
O frio que me congela nesse instante
assusta, dói, destroça desde a alma...
Parece endurecer minha medula
e desconcerta a fonte de pensar...
Eu sei: a lágrima adianta nada!
Tampouco me interessam sensações
que não mais sentirei, sou nau sem porto...
Eu tremo, convulsiono... E adianta?
Que nada! A morte é má e acerta em cheio.
E a fé? É por o pé sem ver o chão
e já não vejo esse chão faz tempo...
Mas ponho pé, cabeça, assim mesmo
porque eu sei em Quem eu tenho crido...
Ronaldo Rhusso
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