Estive a olhar um grupo que praticava pesca "esportiva".
Eles são tão gentis!
Colocam uma isca artificial na ponta da linha ou anzol e ficam esperando...
Lá embaixo, no fundo do mar, os peixes grandes e pequenos estão fazendo os seus passeios habituais.
Procuram por comida, que está ficando cada vez mais escassa no mundo dos peixes.
Como não conseguem entender a diferença, veem aquelas iscas reluzentes!
Imagino que um eles pense (será que peixe não pensa, mesmo?):
"- Graças a Deus (ou a Netuno, sei lá!)! vou poder me alimentar"!
Mas os pescadores que estão alí só para "praticar o esporte", fisgam o coitado que só estava com fome; mais nada!
O pobre coitado do peixe não entende o que está acontecendo, pois o que deveria ser seu almoço está lhe rasgando a boca.
A dor (Sim! peixe sente dor!) é terrível!
Ele luta, mas, coitado, acaba ficando sem forças e se entrega.
Aquela dor terrível na boca! O corpo todo dolorido!
Seu sangue se esvaindo...
Colocaram um alicate na boca do bicho para tira-lo da água, pesa-lo...
Já nas mãos do "esportista", ele é fotografado, passado, muitas vezes, de mão em mão... Agora seu corpo parece queimar!
Mas é só por esporte.
Com o mesmo alicate o colocam na água. E o soltam.
Quanto tempo o pobre irá demorar pra tentar se alimentar de novo?
E se ele ficar com depressão e nunca mais querer se alimentar e morrer de fome?
Acabei de lembrar de um anúncio que estava na parte superior da marquise de uma peixaria na Alemanha: "FAÇA UMA VACA SORRIR! COMA MAIS PEIXE."
E a pesca esportiva continua. Tem até mais de um programa na televisão.
Quem é o bicho, mesmo?
Publicado em: 27/05/2007 05:33:44
RONALDO RHUSSO
('Estamos de olhos nos bons para perdermos de vistas os maus'. Ronaldo Rhusso).
domingo, 17 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
Que pena...
Destoo das hordas descrentes
E entoo um canto pro céu.
Ali haverá o discurso
Que soa qual dor para uns
E para outros só dissona?
Alterco sem nódoa no sangue,
Mas penso no turno perdido
Porque se sou cego também
Eis explicação pro distúrbio.
Eu vejo uma raça apenas!
Se a tez é escura e aí?
Sou pálido e fico vermelho,
Mas há o amarelo, ora, pois!
Aquele nasceu noutro corpo?
Então curta a vida que é curta
Porque corpo errado é praga
E eu nunca irei compreender,
Pois que eu não calcei o sapato...
Pra moda eu dou é banana!
Pro humano eu olho agitado
E não vou deixar de elevar
A prece por cada irmão
Que não reconhece o do lado
Como um seu igual no Universo...
Ronaldo Rhusso
Destoo das hordas descrentes
E entoo um canto pro céu.
Ali haverá o discurso
Que soa qual dor para uns
E para outros só dissona?
Alterco sem nódoa no sangue,
Mas penso no turno perdido
Porque se sou cego também
Eis explicação pro distúrbio.
Eu vejo uma raça apenas!
Se a tez é escura e aí?
Sou pálido e fico vermelho,
Mas há o amarelo, ora, pois!
Aquele nasceu noutro corpo?
Então curta a vida que é curta
Porque corpo errado é praga
E eu nunca irei compreender,
Pois que eu não calcei o sapato...
Pra moda eu dou é banana!
Pro humano eu olho agitado
E não vou deixar de elevar
A prece por cada irmão
Que não reconhece o do lado
Como um seu igual no Universo...
Ronaldo Rhusso
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Versos brancos
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Quando o amor me quiser...
Quando o amor acontece
acontece de eu ir
em outra direção,
em outra sintonia.
Quando o amor esvaenece
esvaenece o luar,
esvaenece o poder
que me tem por casulo.
Quando o amor é real
eu me rendo, qual ser
anjo, raio letal
para alguns corações.
Quando o amor me quiser
já terei despertado
para outro Universo,
para o meu vero lar.
Quando o amor me quiser...
Ronaldo Rhusso
acontece de eu ir
em outra direção,
em outra sintonia.
Quando o amor esvaenece
esvaenece o luar,
esvaenece o poder
que me tem por casulo.
Quando o amor é real
eu me rendo, qual ser
anjo, raio letal
para alguns corações.
Quando o amor me quiser
já terei despertado
para outro Universo,
para o meu vero lar.
Quando o amor me quiser...
Ronaldo Rhusso
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
PRESENTES DE NATAL OU NÃO...
Nesses últimos meses tive muito no que pensar e quis dar de presente para algumas pessoas o que ainda restava de forças em mim. O estranho é que fui bem sucedido e ao final das contas nem morri¹! As dores também não foram embora e o que as pessoas fizeram com o melhor de mim? Algumas nem desembrulharam, pois não souberam desatar os nós; outras desembrulharam com tanta força que não conseguiram captar a fragrância; outras olharam para o presente e não souberam como usa-lo; outras sorriram, agradeceram, mas disseram que não eram fortes o suficiente; outras disseram que o problema era a falta de fé; outras eram egoístas demais para se contentarem em compartilhar o mesmo presente; outras simplesmente o recusaram e outras me abraçaram... Mas eu quis me presentear também. Aliás, ainda quero me presentear! Respeito por mim tenho de sobra porque sou "crente" (como as pessoas costumam rotular quem crê na Eternidade conforme está escrito lá no Livro Sagrado) e tenho planos grandiosos para mim. Planos esses que não envolvem algo aqui na Terra (ao menos não nessa Terra), pois faz tempo que se não for para me doar nem tenho ânimo para sair de casa. É. Não gosto do mundo, do que dizem que a TV mostra, do conteúdo de alguns livros, de minha atitude em relação a algumas coisas, mas quero me dar um presente que envolve ainda mais respeito e mais cuidado com quem realmente conta. Deve ser isso! Quero de presente a sensação de que estou à altura de meus verdadeiros amigos...
Ronaldo Rhusso
¹Estava pára sofrer uma intervenção cirúrgica e dei uma acelerada na vida... Bom... Era grave, mas acelerei á toa.
Ronaldo Rhusso
¹Estava pára sofrer uma intervenção cirúrgica e dei uma acelerada na vida... Bom... Era grave, mas acelerei á toa.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Perguntas...
É meu passo tão ligeiro
que não vês a silhueta
Quando, em meio à pirueta,
te ofereço, assim, certeiro,
cada verso, por inteiro,
ao dizer-te: agora, prenda,
não te canses, reprimenda
é pra mim somenos fato,
menos ‘té que o desacato,
pois que sou difusa lenda?
É meu canto exagerado
tanto que te tome a fala
e assim como quem resvala
no auspício do passado,
mas que, frágil, deu errado,
rouba o fôlego, sobejo
d’outro dia de festejo
no qual tínhamos um plano
que era pleno e ledo engano
e te assusta nesse ensejo?
São meus sonhos só quimeras
tão menores que a violência
do negar-me a anuência,
tu, que sempre assim quiseras
mas me jogas cedo às feras
como quem perde a memória
esquecendo que a história
está dentro de tua mente
desejando, num repente,
relembrar de cada glória?
São meus versos desprezíveis
para que me negues vida,
tu que não tivestes brida
com desejos impossíveis,
mas pra mim sempre aprazíveis,
visto serem meu remédio
contra o vil e enorme tédio
nos momentos de loucura
procurando, em vão, a cura
que afastava o mau assédio?
É ou são? Tu me respondas
antes que me nasçam asas
e por sobre algumas casas
te procure como onda
que ligeira vai e sonda
o rochedo grande e duro
que parece mais um muro,
mas aos poucos vai cedendo...
Posto que esteja morrendo,
com mi’a luz acendo o escuro!
Ronaldo Rhusso
que não vês a silhueta
Quando, em meio à pirueta,
te ofereço, assim, certeiro,
cada verso, por inteiro,
ao dizer-te: agora, prenda,
não te canses, reprimenda
é pra mim somenos fato,
menos ‘té que o desacato,
pois que sou difusa lenda?
É meu canto exagerado
tanto que te tome a fala
e assim como quem resvala
no auspício do passado,
mas que, frágil, deu errado,
rouba o fôlego, sobejo
d’outro dia de festejo
no qual tínhamos um plano
que era pleno e ledo engano
e te assusta nesse ensejo?
São meus sonhos só quimeras
tão menores que a violência
do negar-me a anuência,
tu, que sempre assim quiseras
mas me jogas cedo às feras
como quem perde a memória
esquecendo que a história
está dentro de tua mente
desejando, num repente,
relembrar de cada glória?
São meus versos desprezíveis
para que me negues vida,
tu que não tivestes brida
com desejos impossíveis,
mas pra mim sempre aprazíveis,
visto serem meu remédio
contra o vil e enorme tédio
nos momentos de loucura
procurando, em vão, a cura
que afastava o mau assédio?
É ou são? Tu me respondas
antes que me nasçam asas
e por sobre algumas casas
te procure como onda
que ligeira vai e sonda
o rochedo grande e duro
que parece mais um muro,
mas aos poucos vai cedendo...
Posto que esteja morrendo,
com mi’a luz acendo o escuro!
Ronaldo Rhusso
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Só ELE!
No trono do meu viver
Só reina um Ser que é mui digno,
Contudo eu nem sou condigno...
Sim, isso faz-me sofrer,
Mas sempre irei recorrer
Ao Seu bondoso socorro.
É triste, mas eu percorro
Por sendas e vales maus
E chego perto do caos!
Sem Ele é fato que morro.
Por que será que me ama
Alguém tão grande, tão terno,
Que faz Verão meu Inverno
E nada em troca reclama?
Nos meus deslizes me chama
E torna a mim novo, forro,
Pois eu “acordo” e recorro
Ao Seu perdão que não falha.
Não há qual Ele quem valha!
Sem Ele é fato que morro.
Não há amor forte assim
Capaz de se renovar
E que tem tanto p’ra dar
A quem busca ao próprio fim.
Não há qualquer bem em mim;
Do mal é que (ai!) decorro...
Pro Seu regaço eu escorro
Qual rio demais poluído
Que vai pro mar desvalido...
Sem Ele é fato que morro...
Ronaldo Rhusso
Só reina um Ser que é mui digno,
Contudo eu nem sou condigno...
Sim, isso faz-me sofrer,
Mas sempre irei recorrer
Ao Seu bondoso socorro.
É triste, mas eu percorro
Por sendas e vales maus
E chego perto do caos!
Sem Ele é fato que morro.
Por que será que me ama
Alguém tão grande, tão terno,
Que faz Verão meu Inverno
E nada em troca reclama?
Nos meus deslizes me chama
E torna a mim novo, forro,
Pois eu “acordo” e recorro
Ao Seu perdão que não falha.
Não há qual Ele quem valha!
Sem Ele é fato que morro.
Não há amor forte assim
Capaz de se renovar
E que tem tanto p’ra dar
A quem busca ao próprio fim.
Não há qualquer bem em mim;
Do mal é que (ai!) decorro...
Pro Seu regaço eu escorro
Qual rio demais poluído
Que vai pro mar desvalido...
Sem Ele é fato que morro...
Ronaldo Rhusso
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Laudas
Porfia em torturar morna ventura
e apura o retrocesso algures posto.
O rosto, bela face, ó criatura
é pura imagem desse rei deposto...
Agosto escancarou a desventura
e a cura pr'esse sangue aguado, mosto...
Proposto suicídio, noite escura
e jura que o Torrão tomou por gosto.
Desgosto contemplar corpo caído
e tido como o mártir altaneiro.
Certeiro eu sei que foi disparo e raro!
Deparo com resquícios no anteparo.
E o caro persa sujo, camareiro?
Oh! Beiro essa mentira e eu hei sorvido...
Ronaldo Rhusso
e apura o retrocesso algures posto.
O rosto, bela face, ó criatura
é pura imagem desse rei deposto...
Agosto escancarou a desventura
e a cura pr'esse sangue aguado, mosto...
Proposto suicídio, noite escura
e jura que o Torrão tomou por gosto.
Desgosto contemplar corpo caído
e tido como o mártir altaneiro.
Certeiro eu sei que foi disparo e raro!
Deparo com resquícios no anteparo.
E o caro persa sujo, camareiro?
Oh! Beiro essa mentira e eu hei sorvido...
Ronaldo Rhusso
domingo, 10 de outubro de 2010

http://img231.imageshack.us/img231/5973/e2th.jpg
Movimentos de quadris
Mulheres são profundas e inexatas
Aos olhos dos que enxergam vagamente.
Protestam como frágeis e recatas,
Mas passam seu recado fielmente.
Defendem suas causas como natas
Ness’arte de imprimir razões na mente
De quem acha essas leis normais, sensatas,
Que tratam os dois sexos diferente.
O senso periférico é notado
E buscam o apoio desejado
Olhando de soslaio os passantes.
Conseguem ser notadas e o ansiado
Desejo de mudança, o quanto antes,
Nas cores que as vestem triunfantes!
Ronaldo Rhusso
Cinzas vivas...
Já deu pra ti por do sol e a vil demora!
Eu quero a aurora gentil e que não mente;
eu quero a hora febril, inconsequente,
quero somente o escol que não devora.
Já deu pra ti lua nova que, lá fora,
perscruta o quarto e invade o ser do ente
e renitente e, embora ao tempo tente,
se vê perdida e já sabe: vai embora!
Já deu pra ti sentimento que avassala
que diz, que cala no fundo em minha alma!
Já deu pra ti, já se foi de mim a calma!
Como se diz por aí "teu fim é vala"!
Mas sete metros não dão para enterrá-la...
És grande mala e ama-la é tenso trauma!
Ronaldo Rhusso
Dura demais!
Onde estás, ó verdade? Eu preciso saber.
Sai de mim, ó escuro! Hoje eu já te abomino.
Chega de só metade; é mister pro viver
que se quebre esse muro ou serei desatino!
Eis que em mim algo invade e nem é por querer,
pois de fato esconjuro esse mal e declino
o poder da vontade enrustida em beber
o teu âmago duro. Oh! Demais pr'um menino!
Mas não posso esconder o desejo latente.
Eu rejeito o destino, outro em quem nunca creio,
e me forço a descer lá pro fundo da fonte.
Já sem ar desafino e a verdade é torrente
a, letal, me envolver e na cara o permeio
é de tirar o tino. Ai, volta pro horizonte...
Ronaldo Rhusso
Onde estás, ó verdade? Eu preciso saber.
Sai de mim, ó escuro! Hoje eu já te abomino.
Chega de só metade; é mister pro viver
que se quebre esse muro ou serei desatino!
Eis que em mim algo invade e nem é por querer,
pois de fato esconjuro esse mal e declino
o poder da vontade enrustida em beber
o teu âmago duro. Oh! Demais pr'um menino!
Mas não posso esconder o desejo latente.
Eu rejeito o destino, outro em quem nunca creio,
e me forço a descer lá pro fundo da fonte.
Já sem ar desafino e a verdade é torrente
a, letal, me envolver e na cara o permeio
é de tirar o tino. Ai, volta pro horizonte...
Ronaldo Rhusso
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