domingo, 9 de setembro de 2012

MOUNTAIN VIEW


 
Mesmo que eu soubesse desvendar
O segredo teu (fosse eu vidente),
Um sinal qualquer, algo evidente,
Não me ajudaria e o olvidar
Tudo a mim seria um muro ardente...
Ah! Eu sei rimar dor com sorriso
Ih! De fato é esse Sol brilhante
Nada redundante... Ó, céus! Que lindo!

Vejo – olhos fechados – a montanha...
Intimo pensar me vem: “-Tu Sol
Em terno silêncio que a ti banha
Win myself, to break my old wall”!

Ronaldo Rhusso


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS...


REFLEXÕES DE UM REFLEXO - HOMENAGEM


Tenho olhado no espelho
E esse moço me diz coisas!
Diz que os nomes que me dão
Não condizem com minh’alma.

Digo: “-Calma, bom amigo!
É comum à raça humana
Dar um rótulo ao complexo,
Criar “Nick” ou o que valha
Numa tola tentativa
De mostrar vã empatia”!

Era “inválido” outro dia
Quem nascia diferente
Ou por causa de acidente,
Ou sinistro intencional
Fosse bastante tolhido
De fazer o que é comum.

Mas “inválido” o que é
Senão algo sem valor?

“- Ah! Espelho, eu sei que valho,
Mas pra que discutir isso
Com pessoas renitentes
E que curtem trivial”?

Decidiram que mudar
Sanaria essa questão
E eu virei “deficiente”
Mesmo produzindo mais
Que os normais, tão descansados!

É sem graça essa piada,
Pois me sinto “eficiente”
Seja em verso, seja em prosa,
Seja amado com ternura;
Ensinando sobre a vida
E encantando uns corações!

“ – Deixa estar, querido espelho”!

Mas qual foi minha surpresa
Quando li “Pʹ ÊNE² ɳ”
Num polido Edital,
Dos que propalam Concursos!

Claro que sou curioso
E fui logo investigar
A razão das três letrinhas!

Descobri que, agora, sou
¹PORTADOR – mas ora essa! –
D’algumas ²NECESSIDADES
Tidas como ³ESPECIAIS!

“- Será isso alguma praga,
Ó espelho camarada”?

Será que mudei assim?

Se eles mudassem o mundo
Sem a muito divulgada
NOVA ORDEM MUNDIAL
E lembrassem que as escadas
Já são coisas do passado!
Rampa é muito mais saudável,
Mesmo para irmãos normais,
Desses que mui trabalharam
Para o bem dessas nações
E olhassem para nós
Sem a pena no olhar
E sem triste pré-conceito
Que é doença das mais graves...
Já seria um bom começo;
Prova da “evolução”
Disseminada em escolas.

Mas tem gente que “povoa
Altas árvores”, ainda,
E ao poeta sobre rodas,
“cadeirante” – outra maldade –
Resta derramar-se em tenra
Poesia e rir da vida!


Veja o vídeo:
 http://www.youtube.com/watch?v=4zfhc8Dolus


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Responde!


Quero um poema sem nexo ou sexo real.
Quero uma dilema, um destro, préstimo irreal;
Quero tua sina, esquina embromada... Então, quero
Outra chance e a nuance enrustida e ferida.
Ah! Lua crescente e indecente na míngua da hora,
Eu só quero o real sem qualquer seca ou dor
Que depõe a alegria que é tudo o que eu tenho
Ou que eu penso que é tão fácil ter... É normal.

Vem! Oh! Pra mim, vem! Medo e o enredo é letal.
Quanta saudade é só nada. é por nada... Rio.
Corro, decorro, eu só rio de manhã que é nada...

E você que nem sabe rimar com tristeza?
E nem eu. E nem eu. E nem eu. E nem eu...

Ronaldo Rhusso

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Podem crer!


Procurei encontrar um amor diferente;
Um amor que tivesse outra cor e sabor;
Que fizesse ruir meu cansaço e o labor
E tivesse em si mesmo o melhor inerente.

Encontrei tanta gente envolvida em dilema
Parecido com esse inventado por mim
E sorri de mim mesmo outra vez e o carmim
Do meu sangue espargido era um frágil emblema.

É tolice buscar o que não conhecemos!
É tolice olvidar o que temos por perto
E é preciso manter o amor próprio desperto.

Muitas vezes à toa é que nós padecemos
E insistindo no erro é que nunca crescemos.
A ferida só dói quando eu, tolo, a aperto...

Ronaldo Rhusso


sábado, 18 de agosto de 2012

Contente...


É nuclear meu amor. Talvez exploda!
É singular o que eu sinto: eu sou de D’us!
Eu sou, também, dela, sempre meu abrigo,
E não preciso querer mais. Tenho muito!
Quando o meu céu tem no gris a sua capa
Olho pra dentro de mim e, então, sorrio:
“Quem quereria melhor que agora é fato”?

Ronaldo Rhusso


Excelso!


Tu que sustentas meu ser todos os dias
És a razão, o porquê, de eu estar vivo;
A explicação dessa força que há em mim.
Mesmo sem ter qualquer mérito ou o que valha
Acho em Tuas mãos meu amparo, meu refúgio...
E hei-me a corar de vergonha, pois sou fraco!
Sei o que devo fazer, mas eu não faço!
Sei o Caminho a trilhar, mas me desvio!
É grande o mal que há em mim, ó Pai querido!
Salva-me, D’us! Não consigo, a mim, fazê-lo.
Hoje é um Sábado lindo! Eis o Teu Dia!
Louvem os povos felizes, pois Tu mesmo
Quis separar esse Dia para Ti;
Para lembrarmos que em Ti, real descanso,
Todos os fardos se tornam suportáveis.
Eis belo Dia pra termos raro encontro
Com Teu perdão precioso, mas real!
Deito minh’alma em regaço puro e santo
E digo ao mundo: Eis o Dia do Senhor!

Ronaldo Rhusso