Eu acordei com saudade de você. Dos olhinhos tão brilhantes e sinceros; dos carinhos em palavras e os esmeros... Você sempre me amou sem ter por quê e eu percebo: é no amor que tanto crê que percorre em meio à vida complicada, sem deixar que aquela lágrima vazada escureça o coração nesse seu peito que carrega o sentir bem sem preconceito e nem sabe que por mim é muito amada... Ronaldo Rhusso |
('Estamos de olhos nos bons para perdermos de vistas os maus'. Ronaldo Rhusso).
sábado, 19 de julho de 2014
Pra você...
Marcadores:
amor,
Hendecassílabos,
Ronaldo Rhusso
domingo, 13 de julho de 2014
Retrato...
Tu tremes e eu te entendo! É frio! É quente!
A tez tua (tão pálida!) enrijece.
E assim um que do outro mui carece
a cada toque cálido ressente...
Um beijo demorado e o eloquente
apelo lá da alma, eis que acontece!
No ar toda a libido um grito tece
e o Sol nasce outra vez bem mais ardente...
O olor do amor se espalha e banha o mundo
sem culpa, sem denodo, alvissareiro!
Pois dois são um agora e por inteiro...
No ir e vir conciso é que redundo!
Com a minha alegria eu te inundo
e fazes do meu peito um travesseiro...
Marcadores:
amor,
olor,
paixão,
Ronaldo Rhusso,
sexo,
soneto decassílabo
sábado, 12 de julho de 2014
Eu fiz esse Soneto pra você
que me da, qual presente, a amizade
que sobrepuja a vã virtualidade
e me acarinha, mas nunca me vê.
Eu fiz esse Soneto pra quem lê
meus versos simples cheios da verdade
que une a minha à sua metade
sem importar aquilo em que se crê.
Eu fiz esse Soneto por gostar
de rimar dor, ardor e aprendizado
com coração maduro e equilibrado.
Eu fiz esse Soneto pra expressar
o que a Forma Fixa pode dar
pra Poesia qual rico legado...
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Proverbial III
Quando se ama alguém e espera em troca
o sentir fica quase insuportável!
O dia a dia, assaz desconfortável!
Flagelo em si o ente, enfim, provoca...
Quando se odeia alguém a si sufoca!
Numa cadeia estreita e implacável;
num labirinto vil, desconfortável,
habita e num abismo se coloca.
Quando se faz o bem, não olha a quem
aumenta um mal que há em nosso mundo:
O de cair nas mãos de vagabundo!
Extremos são terríveis, pois também
desviam mesmo o mais pontual trem
e o joga no buraco mais profundo...
Ronaldo Rhusso
sábado, 5 de julho de 2014
Mãe IV...
Roubaram-te os sessenta e cinco Invernos e quem sobrou, qual eu, ficou com frio. Tu foste completar o mar qual rio que junta-se a outros rios ternos... Mamãe quis te contar dos hodiernos dilemas que me afligem, mas sombrio é esse eco vindo do vazio que deixou tua ausência: mil infernos! Trancado aqui no cômodo inseguro da minha existência sem guarida de teus conselhos, mãe é dura a lida... Pensaste que eu estava bem seguro nessa idade de homem maduro, mas sinto-me desnudo nessa vida... |
Marcadores:
ausência,
falta,
mãe,
Ronaldo Rhusso,
soneto decassílabo,
tristeza
Ainda bem...
A face da morte é feia, dizem, mas eu nunca vi!
O brilho do riso queima, eu sei, mas tosto numa boa...
A vez da esperança humana chega, mas a gente ri.
E o tempo se alarga tanto! Não há mais prazer na selva...
Desci da ilusão e o susto fez-me ver outra verdade!
Bobeira esperar de quem não tem pra dar, pois é vazio...
Um dia sonhei em ter o Sol aqui na minha mão,
porém preferi a Lua e vi que não era o bastante!
Escolhas ruins fazemos dia a dia, não tem jeito!
Errar é humano e a gente sabe, mas quer ser perfeito.
Duvido que haja alguém que não provou algum veneno...
Metáforas uso, sou somente arauto de mim mesmo,
mas posso tocar bem fundo no seu eu, sou visionário
que nunca lucrou com dor ou com a fé de gente incauta...
Marcadores:
estrambote,
quinze sílabas,
reflexivo,
Ronaldo Rhusso,
Soneto na atualidade
Tipo assim...
Virei a página, mas lá estava ela
com seu perfume natural, infame.
No seu sorriso aquele brilho sádico
e estremeci, pois percebi, sou dependente...
Como se mata anos com suas lembranças?
Como se deixa para trás parte da gente?
Não há respostas, não existe explicação...
Olhar pra frente é sempre o tudo que nos resta...
Quem vai querer se dividir mais uma vez
e percorrer estrada íngreme e difícil?
Quem vai quer se contentar com outro vício?
Eu quero! Eu sou um descontente com o frio
das almas mortas, suicidas (pobres entes).
Eu tenho em mim manancial de amor e vida!
Marcadores:
amar,
amor,
dodecassílabo,
íngreme,
manancial,
reflexão,
Ronaldo Rhusso,
Vida
Paradoxo dos paradoxos...
Tem quem não acredite no amor.
Eu acredito porque muito amo
e não me surpreendo com a dor
que vem nesse pacote como o chamo.
A dor no amor, o espinho em flor, ardor
em dias frios e não, eu não reclamo!
Sou vacinado, aceito o dissabor
e amar a cada dia é o que tramo.
Eu amo a mim mesmo e isso basta!
Portanto não dependo de outrem
para sentir por mim o que convém.
Amar nos deixa com a mente casta
sem influência de coisa nefasta.
Amar é grátis, dói, mas nos faz bem...
Marcadores:
amar,
amor,
paradoxo,
Ronaldo Rhusso,
soneto decassílabo
Pérfidos!
Traição é gole amargo, é fel!
Quem nunca traiu não é humano,
pois se trai até no pensamento.
Saber-se traído é qual se o céu
desabasse; é grande o desengano.
Mas quem trai, em si, tem o tormento...
Pedro foi chorar amargamente.
Judas enforcou-se, coerente...
Marcadores:
indriso,
pérfídia,
pérfidos,
Ronaldo Rhusso,
traição
Círculo...
Às vezes as palavras não decorrem
e a gente vê doer o intelecto...
Poeta é tudo menos circunspecto;
escreve mesmo se as ideias morrem.
Da alma do poeta, assaz, escorrem
as dores e dilemas quase em séquito,
mas podem escorrer num outro aspecto
palavras de bom senso que socorrem...
As musas vêm e vão, são importantes!
Contudo o objetivo do poeta
é derramar tesouros da alma inquieta...
Dizer em letras tudo em rompantes
ou desdizer o que foi dito antes
porque já não mais crê é alvo, é meta...
Marcadores:
círculos,
dilemas,
Ronaldo Rhusso,
soneto decassílabo,
vida de poeta
Assinar:
Postagens (Atom)