domingo, 10 de novembro de 2013

No Vale...

Outra estrada pedregosa, meu Senhor!
Outra espada afiada e frio aço...
Tua volta faz-se muito necessária,
Pois periga que eu durma antes dela...
Não que seja  grande mal pra quem Te ama,
Não que seja um castigar de Tua parte
Descansar jamais seria punição
Visto serem dias maus, esses de agora...

Eis-me aqui para voltar ao Campo, à ceifa!
Eis-me, ainda, um Teu soldado da Esperança...
Se quiseres nas sandálias do Evangelho,
Protegido pelo escudo bom da Fé,
Com o forte capacete que me Salva
E a espada do Espírito, a Palavra,
Envolvido na couraça da Justiça,
Haverei de dar trabalho ao inimigo
E levar de volta a Ti os Teus amados...


Se quiseres outra coisa, eu digo Amém!



"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." Salmos 23:4.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Quase lá...



Conquanto o pranto teime em resguardar
o grito no meu peito que despede
a cada verso pobre que antecede
o encontro com o breu a me esperar...

Conquanto o canto não possa soar
não fico a lamentar como quem mede
o resto de existência que precede
o adeus que não pretendo mesmo dar...

Vivi, amei, sofri, me dei fiz tudo
o que meu coração patrocinou
e enquanto der prometo que me dou.

O medo nem usei como um escudo
porque pra ele sempre fui um mudo...
Coragem, grito, nunca me faltou!

Ronaldo Rhusso

O sorriso inimitável...



Marco parco não senhor!
Na verdade a liberdade
na lança de uma nação
empunhada em punho forte
apartando o Apartheid 
que, sem segredo, segrega
envergonha, qual peçonha,
e se espalha feito palha
que levada ao vento leva
influência da doença
cujo efeito, o preconceito,
contamina e mina a glória!
Mas ao instar na História
não há cela nem procela
que detenha e a ele tenha
preso, privado pra sempre!
Vinte e sete certos anos
e ei-lo! Diga lá Madiba!
Viva a vida! Enfim vitória!

Caymmi!



Cantava, encantava, fazia sambar...
Cantava na rima a menina e o mar.
Deitava na rede e na sede a sonhar
com água de coco, líquido manjar...
Cantava a sereia e envolvia ao cantar
a bela morena, a melhor do lugar:
Bahia de tanta história pra cantar...

Vamos chamar o vento, vamos chamar!
É doce, é doce, é doce morrer no mar!

O dengo que a nega tem quero provar...
É doce, é doce, é doce morrer no mar!

Humanos...



Sei somar esforços,
multiplicar a esperança,
diminuir sofrimentos
e dividir meu melhor.


Entendo sofrimentos,
conheço a esperança,
domino o meu melhor
e jamais medi esforços!


O que eu não entendo,
não conheço,
não domino
e jamais compactuarei
é a ingratidão...


Ronaldo Rhusso

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Carlitos...


Não vou dizer de teu talento,
do teu esmero pela arte
quando falar era impossível,
mas cada gesto era um poema...

Não vou falar que, pioneiro,
tu protestaste contra o feio,
contra a miséria do trabalho
que escravizava o corpo e a mente...

Não haverei de mencionar
de teu zombar de ditadores
que nos fizeram gargalhar...
E tu? Um mero vagabundo...

Ronaldo Rhusso

Mal vi nas guerras todas...


Ó meu D’us! Livrai-nos de nós mesmos.
Da crueldade insana e gana em fazer mal.
Tu lutas pela terra e ganhas, ó, tu levas
pás delas pela cara!

Ó meus sais! Prefiro o Magnésio,
regulador do Cálcio,
do Sódio que alavanca
o “boom” arterial!

Ó Hermanos! São belas as Malvinas,
mas vi os teus navios
sujarem mar de óleo e sangue de quem nem
pediu pra guerrear...

Ah! Eu sei que vence se é mais forte
e se empunhar o cetro
é certo o morticínio!

God save the queen e a lance lá no inferno!

Ronaldo Rhusso

Tristeza...


Esse desejo louco de ser D’us
apressa a vida ou morte por piedade?
Com que direito eu posso interferir
no ciclo que não posso controlar?

Os humanos nós somos, não esqueço,
mas penso que alguns somos animais;
não como os animais que são humanos,
mas como seres monstros, vis, letais...

Ronaldo Rhusso

Eu, robô?


Roboticamente me arrasto
e alastro o fecundo Universo.
Sou verso composto, sou Ode;
sou mais que a metade, o transverso!

Meu bip me alerta: eis a hora
de olhar na janela do tempo
e em tempo rever os conceitos
afeitos a ver meus defeitos.

Robô não magoa... E o que eu faço
com essa vontade tremenda
de rasgar a fenda da vida
e, enfim, machucar a mim mesmo?

Será que sou lobo e deu fome?
Será que o capim não sacia
o imenso vazio que provoca
e evoca pane em meu sistema?

sábado, 19 de outubro de 2013

POPULISMO OU CAPITALISMO?



Qual mal é menos nocivo? Esse é o Raio-X do planeta, portanto, retrato do âmago do Brasil...

Muita gente nem sabe o que é Capitalismo, o que é Populismo...

A maioria da população, se entender o que é Populismo vai até acender vela para quem tem mantido esse sistema escravizante do “não penso, mas como, tomo umas cachaças e ainda danço tchê-tchêrêrê-tchêtchê”, então tá beleza (ou blz)!

Já os que iriam preferir um governo mais voltado para o Capitalismo são os que têm saudade dos aviões sem pobres e seus ruidosos aparelhos celulares, restaurantes sem a galera do pagode depois do bucho cheio e do sangue etilizado...

Aqui em Trindade, na época do FHC, fora os bichos-grilos, com seus dreds rastafarianos, a gente só atendia a nata da empáfia; hoje a plebe rude se beneficia dos sites de ofertas em cascatas e os remanescentes do Capitalismo nos culpa porque têm de dividir o espaço dos cafés das manhãs com os “indignos”... Bando de babacas! Nem sabem que a gente prefere os sorrisos desse povo que ascendeu ao patamar que nem sabiam que existia, mas a natureza, essa não agradece. 

Fazer o que?

O Populismo não ensina a preservar. O capitalismo prefere concretar. “Árvore pra que? Essas porcarias de folhas ficam caindo, servindo de abrigo para insetos”... 

O Populismo vai fazer com que a meia dúzia desinformada não entenda bulhufas do que estou perdendo tempo em escrever, enquanto crio coragem de partir pro Projeto 2016 que já está atrasado (nada a ver com Olimpíadas, outra piada Populista num arremedo do Capitalismo que vai esculachar a Metrópole na qual nasci)...

Enfim, o Populismo deve governar esse país por mais uma década, no mínimo, se não falir antes...

O Capitalismo teve sua chance e “deu ruim” (aprendi a usar esse besteirol!!!).
Esses tucanos venderam bonito! A Vale do Rio Doce, que tinha 40 bilhões de reservas, mas que acabaram descobrindo mais veios, foi entregue por trezentos milhões de nada porque ninguém sabe pra onde foram esses dólares... As operadoras de telefonia nem roubam mais. A gente entrega até as calças para elas! Graças ao FHC! Até frango a gente (eles porque se tá morto e tinha sistema nervoso tou fora!!!) pôde comer, mas não à vontade...

O Capitalismo vende sua roupa íntima com você dentro dela!

O Populismo deixa a sua roupa íntima e ainda lhe dá a oportunidade de você sujá-la... Mas tem que votar no que rouba, mas faz!

Se lascar ou se ferrar? Eis a questão!

Às vezes vejo essas fotos de africanos cheios de pereba, barriga inchada de tanto comer barro e uma tarja com a inscrição culpando o Capitalismo... 

Então o populista chora e compartilha, mas cadê que sabe que milhões de toneladas de comida e roupa vão para esses países, mas não chegam a quem precisa porque os mestres da eugenia não permitem e, pasmem, os conterrâneos desses coitados são os que enterram esses alimentos, roupas e remédios, cuidando que estão fazendo um bem para o mundo...

Capitalismo e Populismo são faces da mesma moeda!

Não se enganem achando que o Lula mandou no Brasil, que o lulinha é rico porque roubou, que a Dilma é sapatão (não, sapatão ela é sim, foi mal!)...

Não pensem que nossos governantes são petistas ou outros istas... São só marionetes do sistema e lhes afianço que sabem o que estão fazendo ao distribuir o PIB do país com a plebe que aprendeu a digitar no teclado da Urna que faz o barulhinho engraçado! Eles sabem o que estão fazendo! 

O Lema “país rico é país sem pobreza” não é redundância, não! É o código! Quem realmente se interessa enxerga assim: nós pertencemos a vocês e estamos comendo os hormônios que nos engordam, entopem as filas dos hospitais, que não têm medicamentos nem instrumentos porque nós que lá trabalhamos roubamos e levamos para nossos filhos brincar; nós estamos afundando o beiço no crack e a cachaça é garantida; nós comemos as árvores que dão lugar a centros de confinamento de gado cheio de veneno; bebemos o leite misturado ao câncer das tetas em carne viva das vacas que já não se aguentam em pé e nossos políticos roubam bem! Votamos em palhaços; nosso sistema judiciário é uma farsa e já sabemos que o diabo não tem chifres porque tem vergonha de ser corno, mas nosso povo acha linda a promiscuidade!

Quem liga se coca cola é veneno? Tem reverendo brincando com a desgraça alheia!

Quem liga se minha igreja não paga imposto; se os “nossos” hospitais só atendem ricos; se nossa lindas e poderosas escolas foram transformadas em casas de recuperação de delinquentes, cujos pais nos odeiam, mas despejam sua prole lá e nossos adolescentes aprendem com eles que D’us não existe e que céu é lugar onde você chega fácil com uns goles de cachaça e umas tragadas de maconha barata?

Quem liga se o Cristianismo virou piada e tem profundo amor pelo Capitalismo selvagem?

Quem leu isso até aqui?

Sério?

Então toma um poeminha de agrado:

Era uma vez um planetinha
que tinha a cor azulada.
Era uma vez um sisteminha
que mostrou ser uma furada.
Era uma vez a Poesia,
mas todos são grandes poetas agora...
Era uma vez a família, a alegria...
Mas o medo, angústia se escondem
em quem tem medo de ir lá fora...
Era uma vez professores, doutores, das Dores...
Era uma vez a realidade...


Ronaldo Rhusso