Sozinhos ele e eu damos o tempo; se é tempo eficaz nós não sabemos. Singramos mares novos, nada calmos... É duro ser poeta em tempestade... Maldade sem a trégua necessária. E nós, o bardo e eu, sentimos muito... Não é que não gostemos desse frio, mas tem que ser assim algoz da alma? Pergunto para o bardo: “ - Não te importas com essa dor que pesa e tira o fôlego”? Mas ele se derrama em versos tontos! Inebriados, trêmulos e pobres... Talvez eu seja fraco e sinta mais que o bardo em mim, meu par nessa jornada... |
('Estamos de olhos nos bons para perdermos de vistas os maus'. Ronaldo Rhusso).
terça-feira, 24 de junho de 2014
Ambos...
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Ronaldo Rhusso
domingo, 22 de junho de 2014
Mãe III
Quem me dera você estivesse aqui
e o riso que amaina a tempestade
banhasse meu semblante só metade...
Veria eu o céu que não mais vi...
Quem me dera sorver qual não sorvi
os segundos que tive de verdade
com aquela que se foi em brevidade...
Teria eu o olor que estava em si...
Não desce na garganta a sua ausência!
Não vejo graça e o dia é tão sombrio
que a noite é tão igual! É denso o frio...
Você me abençoava e a anuência
do som da sua voz, a providência...
Você dormiu tão cedo e hei-me em vazio...
Ronaldo Rhusso
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terça-feira, 17 de junho de 2014
Tengoku...
(Inspirado num lindo texto Dekassegui)
Eu sei que nem em sonho hei merecido
ler versos que me trazem gozo, vida...
Jardim cansado e há muito esquecido
do olor do amor me vi alma despida...
Ao ver brotar renovo hei-me aturdido
tentando compreender sentir que envida
o ser à analisar fato ocorrido:
nascer de flor tão linda, tão querida!
Se fecho os olhos vejo esse teu brilho
irradiar calor que queima o medo
e impõe à solidão real degredo...
Imaginar-te perto é o gatilho
a por o meu pensar em outro trilho
que leva ao paraíso e me concedo...
Ronaldo Rhusso
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domingo, 15 de junho de 2014
Factual...
Já dei meu coração a ti. Sou teu
o tempo todo e muito mais agora
que a vida se atropela atroz lá fora
e acuso pertencer a ti meu eu...
Perto de ti, rainha, sou plebeu
e estar longe de ti me apavora
perco o espaço o tempo, sim, a hora
versejo pobre assim; me sinto em breu...
Repito esses verbetes previsíveis
vazios de talentos, desfocados
de meus melhores dias, meus legados...
Perto de ti poemas mais sensíveis
desaguam de meu ser irresistíveis!
Sozinhos somos versos alquebrados...
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sábado, 14 de junho de 2014
Manifestados...
Esses jovens perdidos, sim, sem rumo
que deixam suas casas pra quebrar
a própria cara, a ordem sem pensar,
pois veem nossa História em vão resumo...
São desequilibrados; são sem prumo;
são massas de manobra a desandar
o ritmo da Nação. Ao contemplar
os débeis jovens... Não, não me acostumo!
Quebrar pontos de ônibus... Burrice!
Os bancos populares depredados
serão com nosso erário consertados!
Marcados são os jovens na estultice.
Levados por arroubos da mesmice
são com demônios vis manifestados...
Ronaldo Rhusso
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quinta-feira, 29 de maio de 2014
Pressão não vai adiantar...
Morra eu amanhã e tudo bem,
não vai ser a maria adventista,
nem mesmo quem deseja que eu desista
a mandar-me, mais cedo, para o além!
Essas línguas que ferinas já me têm
qual presa de seu ímpeto fascista
ver-me-ão só de longe. Meu eu dista
dessa prole. Oh! É D’us Quem me mantém!
Se cair sobre mim o firmamento
e Meu Pai for servido de minh’alma
morrerei com sorriso que encalma...
Se torrentes me vierem num momento,
ao D’us vivo, a Quem devo meu sustento,
louvarei sem temor. Serei só calma...
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segunda-feira, 26 de maio de 2014
Contra a corrente...
A falsidade é tanta que tem horas
nas quais eu tenho dúvidas, confesso,
se estou lutando certo ou disperso.
“Justiça por que tanto tu demoras”?
“Minh’alma és tu honesta! Por que choras”?
Eu sei, o mundo está num retrocesso,
mas isso é tudo parte do processo.
“Oh! Mal por que a ti mesmo não devoras”?
Questões de consciência? A maioria
não faz a diferença para mim
que uso meios justos para o fim!
Eu sei que qual os outros poderia
eu ser fingido e dar a primazia
ao mal, mas eu não sou tão fraco assim!
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Dualidade...
O monstro que habita dentro em mim
se esgueira e vai tentando ser mais forte;
tentando desviar-me do meu Norte
querendo acelerar o fato, o fim!
Ó, monstro, eu sei não és tão ruim assim,
pois tens me sido grande e bom suporte!
Se tenho que te dar o golpe, o corte
é para proteger o mundo, enfim...
Meu lado bom e o lado ruim não brigam!
Aliam-se e enfrentam a jornada;
protegem-me dos maus, aguda espada...
Apenas umas coisas me intrigam:
Por que alguns inúteis se instigam
tentando esburacar a minha estrada?
Ronaldo Rhusso
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sábado, 24 de maio de 2014
....
Meu anjo, meu poeta preferido!
Eu sei que mora em ti a poesia,
trouxeste em plena noite luz do dia...
Meu coração se sente agradecido.
Te tornas pouco a pouco tão querido
que sinto toda a tua energia
tocando-me, qual doce melodia...
Eu me esquecer de ti? Ah, eu duvido!
Eu nunca poderei dizer-te adeus
nem ser à poesia indiferente...
Tu moras no meu peito, eternamente.
Receba estes versos, pois são teus...
Se amo tanto assim é porque Deus
me deu tua amizade de presente.
Eu sei que mora em ti a poesia,
trouxeste em plena noite luz do dia...
Meu coração se sente agradecido.
Te tornas pouco a pouco tão querido
que sinto toda a tua energia
tocando-me, qual doce melodia...
Eu me esquecer de ti? Ah, eu duvido!
Eu nunca poderei dizer-te adeus
nem ser à poesia indiferente...
Tu moras no meu peito, eternamente.
Receba estes versos, pois são teus...
Se amo tanto assim é porque Deus
me deu tua amizade de presente.
Versejo para ti qual passarinho
gorjeia em alegria incontida
a celebrar o amor e a própria vida;
delindo, assim, do mal o desalinho!
Versejo clareando-te o Caminho
ao qual o nosso Mestre nos convida
nos dando a Salvação, sim, indevida,
mas Ele no-la estende com carinho!
Em minhas preces tens lugar cativo
e sei que Ele atende. Oh! D’us bondoso!
Faz o meu existir mais animoso...
Eu agradeço porque estou vivo
e leio os teus versos exclusivos
que saúdam a amizade em terno gozo...
gorjeia em alegria incontida
a celebrar o amor e a própria vida;
delindo, assim, do mal o desalinho!
Versejo clareando-te o Caminho
ao qual o nosso Mestre nos convida
nos dando a Salvação, sim, indevida,
mas Ele no-la estende com carinho!
Em minhas preces tens lugar cativo
e sei que Ele atende. Oh! D’us bondoso!
Faz o meu existir mais animoso...
Eu agradeço porque estou vivo
e leio os teus versos exclusivos
que saúdam a amizade em terno gozo...
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veronica miayake
sábado, 17 de maio de 2014
Meus Medos...
Persigo meus fantasmas nesta vida
e brigo com meus medos mais secretos;
alguns se tornam fortes, inquietos,
e deixam-me, por vezes, deprimida...
Porém, de teimosia sou vestida,
eu gosto de lutar por meus projetos!
Assim, os medos ficam mais discretos
e quem me vê não vê que estou perdida...
É medo que destrói os meus enredos,
que faz findar sem nunca começar
a força e a vontade de sonhar...
Mas tenho mais alguns estranhos medos,
os quais posso contá-los com os dedos…
Um deles é morrer sem te abraçar!
e brigo com meus medos mais secretos;
alguns se tornam fortes, inquietos,
e deixam-me, por vezes, deprimida...
Porém, de teimosia sou vestida,
eu gosto de lutar por meus projetos!
Assim, os medos ficam mais discretos
e quem me vê não vê que estou perdida...
É medo que destrói os meus enredos,
que faz findar sem nunca começar
a força e a vontade de sonhar...
Mas tenho mais alguns estranhos medos,
os quais posso contá-los com os dedos…
Um deles é morrer sem te abraçar!
Fantasmas são demônios! Não esqueça.
Nem mesmo a Poesia os persegue...
Quando eles virem, linda, os renegue;
não deixe que eles encham sua cabeça...
Perdida não se sinta e agradeça.
É só lembrar a Cruz. Você consegue.
Àquele sacrifício, enfim, se apegue.
Mesmo que caiam céus, DELE não esqueça!
O medo aprisiona o corpo e a mente;
destrói a esperança e mata os planos;
faz crescer incertezas, desenganos...
Da minha intrepidez experimente.
Expulsa as trevas d’alma, faz contente!
É qual abraço terno por mil anos!
Nem mesmo a Poesia os persegue...
Quando eles virem, linda, os renegue;
não deixe que eles encham sua cabeça...
Perdida não se sinta e agradeça.
É só lembrar a Cruz. Você consegue.
Àquele sacrifício, enfim, se apegue.
Mesmo que caiam céus, DELE não esqueça!
O medo aprisiona o corpo e a mente;
destrói a esperança e mata os planos;
faz crescer incertezas, desenganos...
Da minha intrepidez experimente.
Expulsa as trevas d’alma, faz contente!
É qual abraço terno por mil anos!
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